IMAGINAR COM A ESCRITA

NESTE ESPAÇO OS LEITORES PARTILHAM LEITURAS E IMAGINAÇÃO

AO SABOR DA PALAVRA!

segunda-feira, 14 de março de 2016

A escola de antigamente...

A escola dos anos 50 e 60 do século XX
 


         Nos anos 50/60 a escola era muito diferente da escola de hoje. Recebemos na nossa escola a visita de algumas vizinhas, Sra. Beatriz, Sra. Encarnação e Sra. Graciela, que nos contaram como era a escola dos seus tempos de infância.

Naquela época, as crianças iam a pé para a escola, levando consigo um saco de pano costurado pelas mães, onde seguiam a pequena pedra de ardósia e o lápis de pedra, únicos materiais escolares da altura. A escola tinha Apenas uma sala de aula e a sua limpeza era feita pelas alunas, ao sábado.
A Sra. Encarnação contou-nos que a sua escola funcionava numa casa no sítio do Pinheiro. Não tinha mesas nem cadeiras. Os meninos sentavam-se no chão e apoiavam a pedra de ardósia nas pernas para poderem escrever. As aulas decorriam das 9h às 13h, com um intervalo a meio da manhã para lanchar… mas o lanche vinha de casa (pão seco!).
Quanto às Sras. Beatriz e Graciela, soubemos que elas estudaram na escola de meninas, no Loreto. Esta tinha um horário de funcionamento mais alargado, já que começava às 9h e terminava às 17h, com intervalo de uma hora para irem a casa almoçar.
Naquela época, como já dissemos, não existiam cadernos nem o material escolar de hoje. Todas elas levavam dentro do saco de pano a pedra de ardósia, na qual escreviam a matéria com o lápis de pedra, afiado também numa pedra. Depois de estudar (memorizar) a matéria, apagavam a pedra com um paninho e água. Quando não tinham esse paninho, limpavam-na com “escupo” e a manga da camisa. (Hi! Hi! Hi! Quem diria! Se fosse hoje… estávamos fritos!) Se não soubessem a lição… caia reguada ou vergastada de vime!
E os recreios? Como eram? Ora, eram um espaço exterior em frente à sala de aula, onde brincavam às pedrinhas, à milhada, ao jogo da macaca, às apanhadas e às escondidas. Nada de campos de futebol ou de parques… Nada! Nada! Brincavam durante a pausa de lanche, que era um pouco de pão seco com leite Nido, no caso da escola de meninas, no caso da escola da Sra. Beatriz, não havia lanche, pelo que as crianças tinham de trazer alguma coisa de casa, como pão, batatas ou semilhas… pobreza da época!
E por falar em pobreza, elas contaram coisas extraordinárias da vida do seu tempo e das dificuldades por que quase todas as pessoas passavam. Por exemplo, a falta de sapatos e a preocupação que tinham em poupar o único par de sapatos que tinham… quando iam para a escola, fingiam ter-se magoado num pé para usar apenas o sapato do outro pé. Depois faziam a mesma fita dias depois trocando o pé “magoado” e o sapato. Ou então levavam os sapatos na mão e apenas os calçavam à porta da escola. Nós contamos estas coisas em casa e as nossas mães e avós riram-se muito, porque se lembraram disso. Até disseram que havia pessoas que colavam folhas ou tecido nas solas, como forma de rentabilização do calçado.
Estamos gratos pela visita destas senhoras à nossa escola, porque nos fez conhecer a realidade do seu tempo, já para não falar que tivemos tema de conversa com as nossas mamãs e avós.


Texto redigido em grande grupo pelos alunos do 4.º ano, da EB1/PE Lombo do Guiné, sob orientação da técnica de biblioteca.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A Partir do Poema "No Fundo do Mar", de Sophia de M. Breyner e do Livro O beijo da palavrinha , de Mia Couto

Eu beijei a palavra mar

Na palavra mar
Há gaivotas a flutuar
Com peixes a nadar

O mar com sal
Não nos faz mal
Com a frescura do mar
Já se ouve o marulhar

Ó mar infinito,
Que sejas bendito!
Com a tua calma
Refrescas-me a alma

Duarte Jardim
4.º ano


O beijo da palavrinha

Na palavra mar
Há líquidas vagas
Onde a imaginação pode voar
E descobrir oceano de algas

Mundo silencioso
Das vagas interiores
Clama e reclama
Magias superiores

Ana Sofia Pereira
4.º ano

O mar

O mar é muito especial...
Tem cheiro a maresia
E a frescura é total
Sabe a sonho e sabe a sal

No fundo do mar
Eu posso encontrar
Peixes a nadar
E algas a dançar

Há peixes grandes
Outros pequenos
Que trazem sonhos:
Uns alegres, outros medonhos

As cores do mar
Fazem-me lembrar
Pequenas lágrimas
Quando estou a chorar

Diana Bonito, 4.º ano

O beijo da Palavrinha

Na palavra mar
Há vagas líquidas
Pelo ar a passear

Não há nada como o mar
Com conchas a brilhar
Que nas ondas
Gostam de brincar

O silêncio do mar
Esconde a alegria
Do polvo a nadar
Que o cardume guia

Cátia Ferreira, 4.º ano

O mar

Na palavra mar
Há mil vagas líquidas
Rochas duras e rugosas
Onde há correntes marítimas

No mar há mil e uma maravilhas
Nas projundezas há medos
Mas também há magia
Sim, a magia que tem em si fantasia

Onde a imaginação voa
Onde podemos ir até ao infinito
Vemos um mundo sem igual
E, o infinito é bendito!

Paula Agrela, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há gaivotas a voar
Ondas a bater
E caranguejos a mexer

Há peixes a nadar
E raias a pairar
Mundo silencioso
Muito bondoso


Tiago Jesus, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há gaivotas a voar

No seu marulhar
Há ondas a refrescar

No fundo do mar
Há peixes a nadar
E algas a bailar

Gonçalo Santos, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há algas a dançar
Com a agitação das ondas
Abrem-se lapas redondas.
Um caranguejo avança
No desalinho dos seus braços
O tubarão passa
Vê peixes e vai a caça.

Franco Gonçalves
 4.º ano

Na palavra mar 

Na palavra Mar
Há ondas redondas
E aves nas ondas
Cintilantes e muito brilhantes.

Com peixes com brincadeiras
Nunca vistas e tão divertidas
Uns sempre atrás dos outros.

Em cima do mar
Aves atrevidas
Logo salta um peixe
Logo é apanhado.

Sérgio Daniel Gonçalves, 4.º ano



Na palavra mar 
                  
No mar há gaivotas a esvoaçar,
Peixes a brincar!
Sereias a cantar,
E barcos a navegar!

O mar está cehio de segredos,
Tubarão a meter medos.
Polvos a se defender,
Pois têm medo de morrer!

Há conchas preciosas,
Com cores maravilhosas!
Búzios a encantar,
Com vários sons de embalar.

Os pescadores com inteligência,
Lançam as redes ao mar,
É preciso paciência,
Para os peixes apanhar!

A areia fina e delicada,
Enterro os meus pés,
Pelo vento sou beijada,
E molhada pelas marés!

Beatriz Silva
 4.º ano



Textos produzidos a partir do poema “No fundo do mar”, 
de Sophia de M. Breyner e do livro O beijo da palavrinha, de Mia Couto

terça-feira, 6 de maio de 2014

Da imagem ao texto... Calheta, a minha terra


Missão Calheta e o 3.º ano


       Certo dia de verão, estávamos na praia da Calheta entretidos a fazer castelos de areia com baldes e pás. De repente o mar pareceu estar a fugir, quer dizer, a recuar. De um momento para o outro, à nossa volta, só havia pedras, lapas, conchas e até polvos abandonados pelo mar. Os meus amigos e eu ouvimos os profes a chamarem-nos para sairmos depressa da praia, que agora parecia uma baía fantasma com nevoeiro à volta, como num daqueles filmes assustadores… parecia que alguma coisa ia acontecer… O que seria!?

       Passados largos minutos já estávamos acima da Câmara Municipal da Calheta, junto dos profes e de outras pessoas, e vimos uma onda grande, enorme a aproximar-se e a engolir tudo o que encontrava pela frente: a praia, os barcos e até o presidente da câmara e o chefe da polícia, que foram apanhados desprevenidos e arrastados por esta onda fantástica. Por sorte, tanto um como o outro eram bons nadadores e conseguiram agarrar-se bem a um barco que estava perto deles.

       Os meus amigos e eu ligamos logo para os bombeiros da Calheta e para o 112. Depressa os bombeiros desceram do quartel e chegaram à beira-mar e, de imediato, mandaram afastar as pessoas dos locais perigosos. Talvez meia hora mais tarde, apareceu a Proteção Civil que começou a organizar as operações de resgate de pessoas apanhadas pela onda gigante.

      O mais incrível foi que o velejador João Rodrigues tinha estado na Escola Lombo do Guiné de visita e tinha ido almoçar com o diretor Arlindo no Calheta Beach… também tinha visto a onda aproximar-se e correu para lá como nós e, como nós, viu o presidente e o chefe serem levados pelo mar…

      Ofereceu-se para os salvar, mas não tinha com ele a sua prancha a vela… enquanto tentava encontrar alguma coisa que servisse de prancha, avistou no mar um golfinho e teve uma brilhante ideia… nem imaginam… ou imaginam?? É isso mesmo, trepar para as costas, isto é, para o dorso do golfinho e deslizar até aos homens que estavam agarrados ao barco. Se bem pensou melhor o fez. Primeiro, atirou-se ao mar e deu umas fortes braçadas até chegar ao golfinho. Depois subiu para o seu dorso como se fosse uma prancha a vela e deslizou até ao barco. Amarrou a corda do barco à barbatana caudal do golfinho e conduziu-o até à beira-mar. Foi uma coisa fantástica que nós nunca tínhamos visto na vida. João Rodrigues é um herói habilidoso e muito corajoso. Como se não bastasse ter salva desta forma os dois homens, ainda regressou ao mar para buscar coisas que estavam a flutuar e prender alguns barcos para não serem arrastados para alto mar.

     Tudo acabou bem!

     Bem… tudo não! E a nossa praia!? Ficou estragada!!

     Para isso também achamos solução: criar uma página do facebook chamada “Missão Calheta” para juntar muitas pessoas para arranjar e renovar a nossa praia da Calheta. Convidamos todas as pessoas que a amavam como nós a arregaçar mangas e participar na reconstrução da nossa praia, pois ela é fantástica… e tivemos o apoio de João Rodrigues para ajudar a angariar fundos para a sua reconstrução. Fixe, não?

     Estamos a olhar para a nossa bela praia de mar azul e areia dourada que muito nos orgulha. É bela e é nossa! Agora é ainda mais nossa, porque nós ajudámos à sua recuperação e porque ela tem lindas histórias para contar.


     3.º ano, EB1/PE Lombo do Guiné

terça-feira, 29 de abril de 2014

Concurso Escrita Criativa, Baú de Leitura - Textos Concorrentes

A lenda do poço

Há muito tempo atrás, havia um poço velho, um poço velhíssimo.
Nunca ninguém o apreciava. As pequenas crianças que pelas ruas brincavam, não sabiam porquê. Pois elas, ao contrário dos adultos, passavam muito tempo a estudar o poço. Elas olhavam com atenção num longo silêncio para o poço, sentindo que este escondia algum mistério…
Todos os dias se repetia esta rotina das crianças. Mesmo sem nada acontecer, elas continuavam a brincar à volta dele e a olhá-lo com grande admiração.
Então, depois de tantos dias sem futuro, um homem, que há muito tempo notava o seu interesse, parou para olhar para o poço, curioso. Procurou, procurou, mas nada encontrou. A certa altura atreveu-se a perguntar-lhes:
- Porque tanto olham o poço?
E uma criança respondeu-lhe:
- Não vê nada?! Só quem tem imaginação é que pode ver. Se não pensa noutros mundos, nunca vai evoluir, nem conhecer o segredo do poço.
Ao ouvir isto, o homem pensou logo na imaginação fértil das crianças, sem dar valor ao comentário.
As crianças olhavam entretidas um espetáculo protagonizado por dois pequenos peixes, um laranja e outro preto, que saltavam e brincavam na água do poço.
Seria um sonho?!
Ou seria magia...
Todos os dias as crianças falavam umas com as outras do Laranja e do Foca, baixinho, para ninguém mais saber da existência deles, não fosse alguém os apanhar.
Quem eram o Laranja e o Foca? O Laranja e o Foca eram apenas… os peixes do poço! Aqueles que as crianças observavam…
Num dia, normal como os outros, elas foram, como de costume, ver o poço, e viram qualquer coisa a brilhar na água. De repente apareceu o Laranja que transportava às costas alguma coisa que brilhava. Depois viram o Foca que também transportava alguma coisa às costas. Quando chegaram à superfície repararam que era... OURO.
As pobres crianças não sabiam o que fazer...
Nesse momento, inesperadamente, apareceu-lhes o Rei Neptuno:
- Os peixes falaram-me de vós! Contaram-me que todos os dias vêm a este poço e que gostam muito dele. Também me contaram que guardaram o seu segredo, protegendo-os.
O rei Neptuno explicou-lhes ainda que os saltos e pulos que os peixes davam significava que tinham ali o tesouro mágico da Sereia da Esperança, e que os peixes o guardavam há mais de 100 anos para alguém de coração puro, pois eles eram guardiões do tesouro, seus enviados. Também contou que havia um menino que desejava muito de ver o poço e não o conseguia ver porque era cego.
- Como recompensa de cuidarem e de acreditarem na magia do poço dar-vos-eis o seu tesouro escondido… Mas atenção, o verdadeiro tesouro é a partilha… repartam-no!
Foi então que as crianças se lembraram do menino. Tinham ouvido dizer que os seus pais sofriam muito porque não tinham o dinheiro suficiente para pagar uma operação à vista, pois era muito cara e apenas poderia ser feita na Alemanha com médicos especialistas no problema dele.
Elas foram ao encontro do menino cego, que se chamava Dionísio, e contaram-lhe tudo, principalmente do encontro com o Rei Neptuno. Decidiram entregar-lhe metade do tesouro mágico para que este pudesse viajar e fazer a tal operação à vista e voltar a ver… e voltar para ver com eles o Foca e o Laranja.
Passados três meses, Dionísio regressou da Alemanha já curado da vista. Estava encantado com tudo o que via. O mundo era totalmente novo para ele. Logo que pôde, foi ao poço agradecer a todos pela grande ajuda que lhe tinham dado. Trouxe uma pequena pérola que havia comprado numa joalharia em Berlim e mandou que os peixes a levassem à Sereia da Esperança…

Ana Sofia Pereira, 4.º ano



O passeio

Era uma vez, numa bela tarde, um velho e uma velha que estavam em casa a ver televisão. O velho chamava-se Manuel e a velha Josefina. Manuel tinha 47 anos e Josefina 45. De um momento para outro Josefina disse a Manuel:
- Olha, Manuel, passa-me aí o calendário!
Manuel passou-lho e Josefina esteve a ver o dias e verificou que na quarta-feira era dia de fim de ano… tinham estado os dois desatentos desta data.
- Então é hoje? – perguntou ele – então vamos lá! Temos de ir ao Funchal ver o fogo de artifício.
- Olha, Manuel, se é para ir eu vou ao cabeleireiro cortar o cabelo e pintá-lo de preto.
- Eu cá não sei por que é que tu te pões com essas modernices… já não vais a tempo de arranjar noivo!!! – escarneceu Manuel.
- Olha, as mulheres são assim! Conforma-te!
Josefina saiu rapidamente de casa e foi ao cabeleireiro mais próximo. Manuel decidiu acompanhá-la e ficar lá a ver (era desconfiado…). Ao fim de muito tempo, ela finalmente estava pronta e era hora de pagar. Quando ele viu que teve de pagar 34 Eur, ficou danado e à saída resmungou-lhe:
- Olha, o dinheiro que tu puseste ali no cabeleireiro para essa modernices já dava para umas ponchas na cidade!!
- Olha, nunca ouviste dizer que a inveja é triste??
- Já ouvi muitas vezes… acabamos por aqui.
De seguida foram os dois caminho fora de mãos dadas. Apanharam a camioneta e chegaram os dois à cidade muito arrebitados e meteram-se logo no meio da confusão de gente que vinha ver o fogo. Foram para o pé do mar porque era mais relaxante. Chegaram uns barcos que levavam as pessoas a dar um pequeno passeio. Eles embarcaram num desses barcos e, duas horas depois, regressaram à costa.
- Este passeio foi a coisa mais relaxante que já fizemos os dois, não achas? – comentou Josefina.
- Pois claro que foi! Este foi um dinheiro bem gasto!... mas ficamos sem as ponchas…

Cátia Ferreira, 4.º ano

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Carta do Gigante Egoísta às crianças - proposta de escrita da prova concelhia de Triatlo Literário

Aqui está a carta que a Beatriz Silva, 

vencedora da prova concelhia de Triatlo Literário, produziu.

Parabéns Bia!




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Outro final para a história "O Príncipe Feliz"... proposta dos alunos do 4.º ano

O Príncipe feliz

Quando Príncipe não tinha nada para dar à Andorinha foi para o Egito com as suas amigas.
Lá no Egito a Andorinha encontrou um tesouro e então lembrou-se do seu amigo Príncipe e voltou para o cobrir com pedras preciosas.
- Meu querido, no Egito encontrei um tesouro – disse-lhe a Andorinha.
- Obrigado, és tão querida comigo – respondeu-lhe o Príncipe.
Então a Andorinha cobriu o Príncipe com as pedras preciosas.
O Príncipe fica tão emocionado com a sua simpatia que o beijou na boca.
           

Lara Gaspar 4. ano
          







O Príncipe Feliz

A Andorinha foi para o Egito e encontrou pedras preciosas. Lembrou-se do seu Príncipe e da maneira como ele tinha ficado. Decidiu então levar-lhe todos as jóias que encontrasse.
De regresso à cidade, a Andorinha vestiu o seu Príncipe com as jóias que trouxera do Egito e este ficou resplandecente. Nesse momento, uma magia encantou o ar e este transformou-se um rapaz de carne e osso.
O Príncipe regressou ao seu castelo espantando tudo e todos, em particular o seu pai, o Rei.
- Pai, sou eu, o Príncipe!
O Rei observou o rapaz e exclamou:
- Bem vindo ao meu palácio, meu saudoso filho!
O Príncipe ficou muito emocionado e lembrou-se grande amiga Andorinha.
- Andorinha, queres ficar a morar comigo no castelo do meu pai?
- Desculpa, amigo Príncipe, mas vou voltar para junto do meu bando.
- Pronto, Andorinha! Vai e não te esqueças de mim. Vem visitar-me.
- Eu prometo, meu Príncipe!
E, neste ambiente de emoção e magia, a Andorinha voou para longe, levando o coração cheio de amor.

Diana Bonito,
4.º ano


 O Príncipe Feliz
          


              A Andorinha tinha frio… despediu-se do seu Príncipe e partiu à procura de um local quente para se abrigar durante a noite. Encontrou uma mina onde pernoitou.
            Na manhã seguinte, viu-se rodeada de pedras preciosas iguais às que o seu amigo Príncipe tinha oferecido às pessoas da cidade.
            Numa manhã de primavera as irmãs da andorinha regressaram do Egito e estavam a falar sobre o seu amigo Príncipe. Na verdade, elas ficaram comovidas com a história que a Andorinha lhes tinha contado dele e tentaram ajudá-la a concertar a estátua. Queriam ver a sua irmã mais bonita e feliz. Deitaram asas e bicos à obra e recolheram da mina todas as pedras preciosas que conseguiram para reconstruir a estátua… vestiram o Príncipe das mais belas e raras pedras preciosas que alguma vez haviam sido vistas.

            Até hoje, na cidade do Príncipe, é possível admirar o brilho único da estátua do Príncipe Feliz.

Daniel Gonçalves
4.º ano

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Saudoso Pessoa... pelo dia de São Valentim, lembrar o Grande Poeta





Tome lá, minha menina,
O ramalhete que fiz.
Cada flor é pequenina,



                       Nas tudo junto é feliz




Tenho vontade de ver-te
Mas não sei como acertar.
Passeias onde não ando,



                          Andas sem eu te encontrar





Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
São dias que me desgraçam
Por me privarem de ti.






Teu xaile de seda escura
É posto de tal feição
Que alegre se dependura
Dentro do meu coração.






Tens uma rosa na mão.
Não sei se é para me dar.
As rosas que tens na cara,
Essas sabes tu guardar.