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AO SABOR DA PALAVRA!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A Partir do Poema "No Fundo do Mar", de Sophia de M. Breyner e do Livro O beijo da palavrinha , de Mia Couto

Eu beijei a palavra mar

Na palavra mar
Há gaivotas a flutuar
Com peixes a nadar

O mar com sal
Não nos faz mal
Com a frescura do mar
Já se ouve o marulhar

Ó mar infinito,
Que sejas bendito!
Com a tua calma
Refrescas-me a alma

Duarte Jardim
4.º ano


O beijo da palavrinha

Na palavra mar
Há líquidas vagas
Onde a imaginação pode voar
E descobrir oceano de algas

Mundo silencioso
Das vagas interiores
Clama e reclama
Magias superiores

Ana Sofia Pereira
4.º ano

O mar

O mar é muito especial...
Tem cheiro a maresia
E a frescura é total
Sabe a sonho e sabe a sal

No fundo do mar
Eu posso encontrar
Peixes a nadar
E algas a dançar

Há peixes grandes
Outros pequenos
Que trazem sonhos:
Uns alegres, outros medonhos

As cores do mar
Fazem-me lembrar
Pequenas lágrimas
Quando estou a chorar

Diana Bonito, 4.º ano

O beijo da Palavrinha

Na palavra mar
Há vagas líquidas
Pelo ar a passear

Não há nada como o mar
Com conchas a brilhar
Que nas ondas
Gostam de brincar

O silêncio do mar
Esconde a alegria
Do polvo a nadar
Que o cardume guia

Cátia Ferreira, 4.º ano

O mar

Na palavra mar
Há mil vagas líquidas
Rochas duras e rugosas
Onde há correntes marítimas

No mar há mil e uma maravilhas
Nas projundezas há medos
Mas também há magia
Sim, a magia que tem em si fantasia

Onde a imaginação voa
Onde podemos ir até ao infinito
Vemos um mundo sem igual
E, o infinito é bendito!

Paula Agrela, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há gaivotas a voar
Ondas a bater
E caranguejos a mexer

Há peixes a nadar
E raias a pairar
Mundo silencioso
Muito bondoso


Tiago Jesus, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há gaivotas a voar

No seu marulhar
Há ondas a refrescar

No fundo do mar
Há peixes a nadar
E algas a bailar

Gonçalo Santos, 4.º ano

Mar

Na palavra mar
Há algas a dançar
Com a agitação das ondas
Abrem-se lapas redondas.
Um caranguejo avança
No desalinho dos seus braços
O tubarão passa
Vê peixes e vai a caça.

Franco Gonçalves
 4.º ano

Na palavra mar 

Na palavra Mar
Há ondas redondas
E aves nas ondas
Cintilantes e muito brilhantes.

Com peixes com brincadeiras
Nunca vistas e tão divertidas
Uns sempre atrás dos outros.

Em cima do mar
Aves atrevidas
Logo salta um peixe
Logo é apanhado.

Sérgio Daniel Gonçalves, 4.º ano



Na palavra mar 
                  
No mar há gaivotas a esvoaçar,
Peixes a brincar!
Sereias a cantar,
E barcos a navegar!

O mar está cehio de segredos,
Tubarão a meter medos.
Polvos a se defender,
Pois têm medo de morrer!

Há conchas preciosas,
Com cores maravilhosas!
Búzios a encantar,
Com vários sons de embalar.

Os pescadores com inteligência,
Lançam as redes ao mar,
É preciso paciência,
Para os peixes apanhar!

A areia fina e delicada,
Enterro os meus pés,
Pelo vento sou beijada,
E molhada pelas marés!

Beatriz Silva
 4.º ano



Textos produzidos a partir do poema “No fundo do mar”, 
de Sophia de M. Breyner e do livro O beijo da palavrinha, de Mia Couto

terça-feira, 6 de maio de 2014

Da imagem ao texto... Calheta, a minha terra


Missão Calheta e o 3.º ano


       Certo dia de verão, estávamos na praia da Calheta entretidos a fazer castelos de areia com baldes e pás. De repente o mar pareceu estar a fugir, quer dizer, a recuar. De um momento para o outro, à nossa volta, só havia pedras, lapas, conchas e até polvos abandonados pelo mar. Os meus amigos e eu ouvimos os profes a chamarem-nos para sairmos depressa da praia, que agora parecia uma baía fantasma com nevoeiro à volta, como num daqueles filmes assustadores… parecia que alguma coisa ia acontecer… O que seria!?

       Passados largos minutos já estávamos acima da Câmara Municipal da Calheta, junto dos profes e de outras pessoas, e vimos uma onda grande, enorme a aproximar-se e a engolir tudo o que encontrava pela frente: a praia, os barcos e até o presidente da câmara e o chefe da polícia, que foram apanhados desprevenidos e arrastados por esta onda fantástica. Por sorte, tanto um como o outro eram bons nadadores e conseguiram agarrar-se bem a um barco que estava perto deles.

       Os meus amigos e eu ligamos logo para os bombeiros da Calheta e para o 112. Depressa os bombeiros desceram do quartel e chegaram à beira-mar e, de imediato, mandaram afastar as pessoas dos locais perigosos. Talvez meia hora mais tarde, apareceu a Proteção Civil que começou a organizar as operações de resgate de pessoas apanhadas pela onda gigante.

      O mais incrível foi que o velejador João Rodrigues tinha estado na Escola Lombo do Guiné de visita e tinha ido almoçar com o diretor Arlindo no Calheta Beach… também tinha visto a onda aproximar-se e correu para lá como nós e, como nós, viu o presidente e o chefe serem levados pelo mar…

      Ofereceu-se para os salvar, mas não tinha com ele a sua prancha a vela… enquanto tentava encontrar alguma coisa que servisse de prancha, avistou no mar um golfinho e teve uma brilhante ideia… nem imaginam… ou imaginam?? É isso mesmo, trepar para as costas, isto é, para o dorso do golfinho e deslizar até aos homens que estavam agarrados ao barco. Se bem pensou melhor o fez. Primeiro, atirou-se ao mar e deu umas fortes braçadas até chegar ao golfinho. Depois subiu para o seu dorso como se fosse uma prancha a vela e deslizou até ao barco. Amarrou a corda do barco à barbatana caudal do golfinho e conduziu-o até à beira-mar. Foi uma coisa fantástica que nós nunca tínhamos visto na vida. João Rodrigues é um herói habilidoso e muito corajoso. Como se não bastasse ter salva desta forma os dois homens, ainda regressou ao mar para buscar coisas que estavam a flutuar e prender alguns barcos para não serem arrastados para alto mar.

     Tudo acabou bem!

     Bem… tudo não! E a nossa praia!? Ficou estragada!!

     Para isso também achamos solução: criar uma página do facebook chamada “Missão Calheta” para juntar muitas pessoas para arranjar e renovar a nossa praia da Calheta. Convidamos todas as pessoas que a amavam como nós a arregaçar mangas e participar na reconstrução da nossa praia, pois ela é fantástica… e tivemos o apoio de João Rodrigues para ajudar a angariar fundos para a sua reconstrução. Fixe, não?

     Estamos a olhar para a nossa bela praia de mar azul e areia dourada que muito nos orgulha. É bela e é nossa! Agora é ainda mais nossa, porque nós ajudámos à sua recuperação e porque ela tem lindas histórias para contar.


     3.º ano, EB1/PE Lombo do Guiné